sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Como ler pensamentos

As pessoas não falam a verdade o tempo todo, e nem devem. Diversos estudos (e reportagens engraçadas na TV como aquela onde um jornalista passou 40 dias sem mentir e perdeu todas as amizades) já mostraram que mentiras, grandes e pequenas, brancas e de todas as “cores”, são usadas todos os dias por todas as pessoas que interagem com você. 

Caso alguém decida ser 100% verdadeiro terá muitos problemas, pois as mentiras são necessárias para não ferir as pessoas, mas mesmo assim queremos saber o que está por trás das doces palavras que nos desferem. A boa noticia que eu trago para você é que é possível saber o que estas pessoas estão pensando enquanto interagem contigo.

A linguagem corporal é um reflexo externo do estado emocional. Cada gesto ou movimento pode ser uma valiosa fonte de informação sobre o que a pessoa está pensando num dado momento.

Aprenda um pouco sobre “ler pensamentos” com estas dicas:


·           Quando você fala a uma pessoa que mantém o queixo abaixado e braços cruzados, saiba que você não está sendo bem recebido.

·           Esconder as palmas das mãos significa que a pessoa não está sendo franca.

·           Receber um aperto de mão mole ou vacilante significa que você está diante uma pessoa de caráter fraco.

·           Pupilas contraídas, sobrancelha erguida e tremor no canto da boca significa falta de sinceridade.

·           Se você for recebido  com as mãos abertas e palmas voltadas para cima, esta pessoa está pronta para se entregar a você.

·           Se alguém, ao lhe cumprimentar, virar a sua mão para baixo, significa que está tentando lhe dominar.

·           A mulher que lhe sorri sem mostrar os dentes, sinto muito, mas não está sendo sincera contigo.

·           Homens segurando as mãos com os braços abaixados estão vulneráveis.

·           Alisar a roupa, significa que está preocupado com seu corpo, talvez pense estar acima do peso.

·           Abrir as mãos ao mencionar seu salário – Pensa que ganha muito bem.

·           Alisar ou enrolar o cabelo – Sente-se pressionado (ou com tédio)

·           A mão no rosto com o indicador apontado para cima – Pensamentos críticos.

·           Tirar e colocar a aliança no dedo enquanto se diz feliz no casamento – Não é feliz no casamento.

·           Tapar a boca com a mão, ou tocar o nariz – Está te contanto uma mentira.

·           Ao te cumprimentar vira sua mão para baixo – Quer te dominar.

·           Ao dar a mão a deixa frouxa – Está submisso a você.

·           Aperta a mão com muita força – Pessoa agressiva, quer ter vantagens e te desmoralizar.

·           Sorriso com ruguinhas no canto dos olhos – Pode confiar, esta pessoa gosta de você.

·           Sorriso comprimido, sem mostrar os dentes – Tem uma opinião a qual não quer compartilhar.  



Os gestos devem ser lidos conforme o contexto, por exemplo coçar a cabeça não necessariamente significa dúvida ou mentira, pode significar apenas caspa ou piolho, tudo depende dos outros gestos que venham a seguir. Um homem no ponto de ônibus num dia de inverno com os braços cruzados e queixo abaixado provavelmente está com frio e não numa atitude defensiva.

Pense também porque você precisa saber o que pensam a seu respeito. Será que você estaria muitoinseguro ? Será que sente medo de ser rejeitado ?

Faça bom uso destas dicas, use-as para ampliar e melhorar sua rede de relacionamentos. Caso perceba que sozinho não está dando conta um psicólogo terá o imenso prazer em lhe ajudar a atingir suas metas.  

Erros: aprenda a lidar com eles



Você já errou? Quem nunca errou não é mesmo? Quem nunca passou por alguma situação onde acabou falando: “Onde é que eu estava com a cabeça?” “Como é que eu fui me meter nessa confusão?” “Porque eu disse isso?” ou “Porque eu não disse nada?”. São as frases típicas que a gente diz depois de ter percebido que errou feio. 

A gente erra pelo que fez e, pelo o que não fez também. Por exemplo, isso acontece depois de anos de relacionamento com aquela pessoa em quem você confiava tanto mas agora aprontou uma que você nunca imaginou que ele ou ela seria capaz disso. Mas como você não percebeu nada? Como você pode errar tanto?

Viram como  funciona a cabeça da gente? Mesmo quando é o outro que dá mancada a gente ainda tem a pachorra de achar que errou e sente culpa. “Como eu não percebi que aquela pessoa não era confiável? Como EU não percebi.. que ELE iria aprontar uma?” 
E são essas situações que te colocam em todo tipo de sofrimento emocional. São as situações onde você fica se sentindo um burro, um desengonçado ou, a palavra que eu mais ouço na clínica, inadequado.  

Sentimento de erro aparece quando você sai para um passeio e volta arrependido: “Porque é que eu fui sair de casa gastar dinheiro, gastar meu tempo.. e não me diverti nada”. Ou outro erro: “Porque eu deixei aquela pessoa falar daquele jeito comigo?” ou “Porque eu não consegui falar com aquela pessoa? Agora perdi minha chance”. 

Onde começa o erro   
Todo erro de comportamento, ou seja, tudo o que você fez e que deu errado começa sempre na "cabeça". Isso mesmo. Para você errar, para dizer uma bobagem ou para fazer uma bobagem, tudo isso começa com um pensamento. Algo te passa na cabeça que tanto pode bloquear boas atitudes como te faz agir descontroladamente e cometer enganos terríveis.

Que tipo de bobagem passa na cabeça da gente? São principalmente os erros de julgamentos. Quando você erra é porque você julgou a si mesmo ou aos outros de uma forma errada. É quando você erra na interpretação do que aconteceu. Quer ver um exemplo? Quando você pressupõe que alguém não gosta de você, você se afasta dessa pessoa. E depois percebe que perdeu uma bela chance de ter uma pessoa maravilhosa do seu lado.

A nossa percepção é muito mais falha do que gostamos de pensar. Tem gente que abre mão de uma promoção no trabalho porque acha que não vai conseguir lidar com os colegas de trabalho que vão passar a ser subordinados e não mais colegas, iguais, e erra feio só por achar que não vai dar conta e não aceita a tal da promoção.

Erros de percepção provocam dor emocional, e é essa dor que faz você tomar atitudes que acaba se arrependendo depois. E quando falo em arrependimento eu falo de todo tipo de arrependimento. Arrependimento pelos sapos que está engolindo, por ter comido além da conta e agora está acima do peso, por não ter segurado seus impulsos e até por não ter seguido sua intuição.
Quando a gente não pensa direito, e erra, a gente cria ansiedade, raiva, tristeza, culpa, estresse.

Você deve achar estranho eu dizer que é você quem cria em você mesmo todos esses sentimentos tão ruins. Você deve estar achando que com você não é assim, você tem raiva porque o outro é que te provocou. Você é ansiosa porque sua vida é difícil. Mas eu vou te mostrar como isso tudo começa dentro da sua mente.

Essa é uma boa noticia, porque isso prova que o processo para mudar isso tudo começa com você mudar esses sentimentos ruins. Porque o mundo é muita mais difícil de ser mudado e você não tem o poder de mudar mais ninguém a não ser você mesmo. Você tem muito mais possibilidade de se transformar do que acredita. 

Como mudar   
Como mudar a si mesmo? Vamos falar da terapia, pois a terapia atua como um autotransformador. É você aprendendo a realizar a sua autossuperação.

Na psicoterapia você descobre quais são os erros que você está cometendo com você mesmo, e aprende como não errar mais como não ficar mais nessa ansiedade, não ficar mais tão depressivo não carregar mais tanta culpa.

A terapia cognitiva tem esse trabalho de te mostrar qual é o jeito certo de pensar sem erros de percepção e interpretação e o resultado disso são sentimentos e atitudes melhores.

Tem pessoas que acreditam que o ser humano é governado pelos sentimentos eles acham que é o sentimento que determina como você pensa e como você age. Por esse ponto de vista você teria que parar de reprimir seus sentimentos e botar tudo para fora, mas quem já viveu essa experiência de “botar tudo para fora” sabe que isso é dar um tiro no pé. Fica complicado você sair sendo absurdamente sincero e dizendo a torto e a direito tudo o que você não gosta. Você sabe que resultado isso dá.

É claro que você tem que ser fiel aos seus sentimentos, mas tudo tem o jeito certo de fazer. Conseguir ser claro com as pessoas, não engolir sapos é importantíssimo, mas tem o jeito certo de fazer. Na clínica eu ensino o treino da assertividade, que é uma técnica para se comunicar com todo mundo de uma forma afirmativa, sem ser agressivo ou passivo demais, sem agredir, nem engolir.

É claro que também é importante você entender o PORQUÊ de você estar se sentindo triste, angustiado. Sabendo o porquê a gente consegue o mais interessante que é a formula para controlar isso tudo para mudar seu estado interior.

Algumas pessoas acreditam que é preciso cavar todo seu passado emocional para você se sentir bem hoje. Não é verdade não é necessário punir as pessoas do seu passado para que você se reestruture hoje. Mesmo que algum problema tenha começado no passado as seqüelas aparecem hoje e, é neste hoje que a terapia cognitiva trabalha. Não dá para mudar o passado, mas dá para aprender com ele, mas para você ter mudanças você pode - e deve - mudar o agora. Mudar os sentimentos que você tem hoje os comportamentos que você tem hoje. E a terapia cognitiva é uma terapia do presente, claro que consideramos a sua formação como pessoa claro que buscamos entendimento das coisas que aconteceram com você.

Um exemplo bem prático de como um evento do passado marca para o resto da vida: abuso sexual na infância, principalmente quando a criança não teve alguém para lhe dar apoio, não teve uma mãe que a confortou, alguém para dizer que aquilo não foi culpa dela. Fica uma marca para o resto da vida. Mas mesmo que a marca fique é possível que você se reestruture hoje. É possível limpar essas manchas psicológicas que ficam na alma. A psicoterapia é a oportunidade para isso.

Você pode sim descobrir as suas repostas. Porque hoje você é tão triste? Porque você não se concentra nas suas leituras? Porque sua memória falha às vezes? Porque você sente tanto desanimo? Porque você considera que os outros são melhores que você? Para você ter essas respostas você precisa em primeiro lugar assumir a responsabilidade por você mesmo. Estar disposto a ser o principal agente da sua mudança, se determinar a se cuidar, considerar que você tem direito de investir em você. Todo mundo quer melhorar, quer mudar, mas só vai mudar quem dedicar um pouco do seu tempo para isso, quem colocar um pouco da sua energia.

Mas você não precisa fazer tudo sozinho, a gente sabe que autoajuda não ajuda muito. Tem horas que você precisa e você pode contar com um especialista. Quando falamos dos seus comportamentos e sentimentos, você pode contar com o psicólogo, que é a pessoa que conhece e tem o interesse e as técnicas para isso.

Eu sei que tem gente aí me lendo e dizendo “mas como eu vou mudar a mim mesmo se meus problemas são causados pela minha família que é problemática, meu chefe é que é um tirano, se meu marido é que aprontou”. E eu te pergunto quem está sofrendo, não é você? Então está respondido!

Ou outro tipo de frase que eu ouço muito: meu problema é falta de dinheiro. Como um psicólogo entra nessa história? Vocês não sabem a quantidade de pessoas que eu tratei com problemas financeiros porque o seu lado emocional estava tão desestruturado que ela gastava aonde não devia, não aproveitava oportunidades de ganhar mais porque a sua visão estava tão embotada e ela não via o que estava na sua cara.

Por mais que outras pessoas façam coisas que te machucam, por mais que aconteçam coisas ruins na sua vida, você é a única pessoa que pode determinar se essa dor vai continuar ou não. Se você quiser que seus sentimentos de tristeza e mágoa desapareçam, então é você que vai ter que dizer “deixa comigo, eu topo assumir essa tarefa de ajudar a mim mesmo”.

Depende de você procurar um terapeuta, se abrir, buscar formas de se livrar desse monte de problemas que você está passando. Se você não disser “quero melhorar”, quem é que vai dizer por você?
Como é a ajuda do psicólogo? 

Ele te ajuda a mudar a sua maneira de pensar. Esse pensamento de desanimo, que não dá vontade de sair da cama, esse pensamento de raiva que dá vontade de matar um, esse pensamento de que você vale menos do que os outros. Tudo isso e muitos outros.

A palavra cognição significa pensamento. A terapia cognitiva é uma terapia do seu pensamento.

O ser humano tem uma capacidade de raciocínio maravilhosa. Todo sentimento e comportamento que você tem estão diretamente relacionados com o seu pensamento.

O pensamento é a porta de entrada para as suas emoções. E as emoções são a porta de entrada para o comportamento.
Quer um exemplo simples: 
  • Pensamento: Meu marido deve estar me traindo.
  • Sentimento: Angustia.
  • Comportamento: Abrir o celular dele para investigar.
  • Conseqüência: Não encontrou nada ainda, mas não custa continuar procurando. (Sim, procurando, procurando sofrimento, procurando pelo em casca de ovo, porque tudo começou com seu pensamento, e não com uma informação concreta).
A linha de seqüência é sempre essa: Pensamento. Sentimento. Comportamento. Mudando o seu jeito de pensar você consegue controlar e melhorar suas emoções, ao invés de você ser governado pelas emoções.

Quem já se pegou em uma situação onde foi a emoção que comandou já viu no que dá. Desde aquelas travadas que acontecem porque a ansiedade travou a sua boca, suas pernas, travou inteiro, até as brigas de você se deixou levar pelo calor do momento e acabou dizendo um monte de coisas das quais se arrependeu cinco minutos depois.

O que não dá é se deixar levar emocionalmente. Temos que ter controle tanto da ansiedade, como da depressão.

O mais importante para você ser o dono da sua vida é saber tomar as rédeas de seus pensamentos. Assumir o controle da sua própria cabeça. Não se deixar levar pelo o que os outros acham bom para você ou o que você acha que os outros pensam de você.

O que determina seus atos e seus sentimentos são os seus pensamentos. Ex: Alguém faz uma pergunta e você sabe a resposta, mas você fica quieto porque supõe – olha aí o pensamento - que os outros vão achar sua resposta muito boba. Até que alguém responde a mesma coisa que você iria dizer e todo mundo acha a resposta maravilhosa. Viram como você se limita demais por suposições erradas? São as crenças internas limitantes.

Vou repetir: Não são as coisas que acontecem na sua vida que te deixam triste ou feliz. É o que você interpreta dessas coisas que te deixa triste ou feliz. Ou seja, são os seus pensamentos.

O ser humano tem uma forte tendência a interpretar as coisas de forma negativa. O ser humano é pessimista por natureza. Uma paciente me deu um exemplo maravilhoso: “Se alguém disser: Olha, eu vi sua esposa ali na esquina ajudando uma pessoa, é provável que você diga que deve ser ela não, pois ela nem trabalha por aqui. Mas se alguém disser que viu sua esposa na esquina com outro homem, aí é capaz de você dizer : O que? E como ele era? O que estavam fazendo?” Você acreditou, porque era um noticia negativa, para a noticia positiva você nem deu bola.

O ser humano é atraído por notícia ruim. Se passar na TV: “Hoje não tivemos um só acidente de avião”. É capaz de você mudar de canal para ver se tem algo melhor. Mas se a TV anunciar a queda de um avião você vai ficar grudado na tela e comentar com todo mundo essa notícia.
Quando essa tendência pessimista está em níveis muito elevados, provoca muito sofrimento psicológico. Já que percebemos que essa é uma tendência natural, porém equivocada do ser humano, a gente tem que fazer um belo trabalho para não se deixar levar por mentiras.

Para resolver esse redemoinho psicológico é que a Terapia Comportamental tem uma série de técnicas que te coloca no comando da sua cabeça. O que a terapia faz é te dar consciência dos seus próprios padrões de pensamento, ou seja, nós vamos entender como a sua cabeça está funcionando, o que está dando errado na sua vida e aí aplicamos estratégias para corrigir isso tudo. Você pode corrigir, só depende de saber como fazer isso. O que não dá é você continuar com suas decepções, medos, ansiedades, depressão e todo tipo de problema e erros.

Um dos erros mais freqüentes que eu recebo lá na clínica é a dificuldade em tomar decisões. Muitas vezes as pessoas vão bem em várias áreas da vida, mas em uma delas a coisa enrosca. Será que devo me separar do marido? Será que devo deixar a faculdade? Será que devo me dedicar a carreira que sempre gostei, mas nunca tive oportunidade?

Ou até dificuldade em executar uma atitude. A pessoa sabe o que deveria fazer, mas não faz! Ela trava. Não se mexe. Não dá um passo, sabe tudo o que deveria fazer, mas não faz. Essa falta de atitude nunca é à toa. Sempre tem alguma causa interna. Qual? Cada um tem a sua. Por isso é que a terapia é individual. Para gente te analisar dentro da sua realidade.

Todo psicólogo sabe que para evitar esses erros você tem que aprender a usar a sua capacidade interna. E a gente deixa de usar essa capacidade interna toda vez que se pega dizendo assim: “deu branco” ou “não parei para pensar e agora olha a besteira que eu fiz, o curso que eu deixei de fazer, as namoradas que eu deixei de ter, o trabalho que eu nunca tive, a batalha que nunca travei”.

Quando você se pega dizendo uma coisa dessas com certeza é porque você se deixou levar pelo pensamento emocional. Você não foi o dono e senhor das suas atitudes. E qual a solução? É usar o seu poder pessoal. Calma que eu não to falando de nenhuma técnica falastrona, estou falando de aprender a usar a lógica. Usar o senso crítico a seu favor.

Eu gosto de pensar na terapia como um aprendizado. Isso que é uma boa terapia, um aprendizado a seu próprio respeito. É saber como a sua cabeça está funcionando e aprender a lidar com o próprio cérebro e assim superar as suas dificuldades. Para saber como sua cabeça funciona você tem que prestar atenção aos seus pensamentos automáticos.

Pensamentos automáticos são todas aquelas coisas que passam pela nossa cabeça e você vai acreditando nelas só porque você pensou e, age como se eles fossem verdadeiros. Ex: A pessoa que foi para a entrevista de emprego pensando que seria reprovado, mas nem tinha passado pela entrevista ainda, e o pensamento derrotista automático o fez acreditar tanto que entrou nessa entrevista com uma postura tão ruim que acabou sendo reprovado. Isso é o famoso autoboicote.

Pare de se autoboicotar. Repare se você não tem um monte de coisas na sua vida que poderiam estar bem melhores.
Se dê o direito de investir em você. Todo bom investimento dá bom retorno. E o retorno pode ser seu bem estar mental, sua paz de espírito.

As técnicas da TCC, Terapia Cognitiva Comportamental, são instrumentos maravilhosos para você se conhecer e se redirecionar. Você se superar como pessoa. Analisamos os seus pensamentos, seu conteúdo mental e trabalhamos formas de você mudar a sua vida resolvendo seus conflitos internos.

Muita gente só procura ajuda quando já está em crise... “Estou em crise”. Quantas vezes vocês ouvem isso por dia? Ou quantas vezes você tem vontade de gritar pro mundo que não agüenta mais. Isso também significa que você está entrando em crise.

Tem crises que não dá mesmo para se virar sozinho. Tem horas que você não quer levantar da cama de manhã e diz que está com preguiça. Eu não acredito muito em preguiça não. Ter preguiça quando você está cheio de coisa para fazer, para resolver? Isso é mais do que uma simples preguiçinha. É crise mesmo. É a sensação de que você não vai conseguir resolver, seu cérebro te engana e te diz que você está com preguiça. Tá nada, você tem sensação de incapacidade.

Tem crises que são fáceis de identificar. Quando envolve perdas, fica muito claro. Ou a perda de uma pessoa querida ou do emprego ou a sensação de perda quando se muda de casa. Toda mudança radical pode fazer aparecer uma sensação forte de perda. Perder o filho porque ele casou, perder a segurança de ser o filhinho da mamãe porque agora vai ter que trabalhar e se sustentar.

Outras crises já não são tão obvias assim, só quem passa por ela é que sente o drama da coisa, por exemplo, para um adolescente que pretende ir para balada uma espinha bem na ponta do nariz pode ser uma crise.

Mas na realidade o que distingue uma crise não é uma situação, não é uma circunstancia específica. A crise é definida pela percepção da pessoa desse tal acontecimento e da percepção que essa pessoa tem quanto a sua capacidade de enfrentar a tal da coisa. Ou seja, uma pessoa está em crise quando aparece algo na vida dela que é muito significativo para ela, mesmo que não seja significativo para o resto do mundo, e que ela não se percebe capaz de enfrentar a coisa.

Ex: Separação de casal pode ser uma crise quando a pessoa considera que não existe outra forma de ser feliz a não ser ao lado do seu marido ou esposa atual. Ou, então, prestar um concurso, pode ser uma crise para alguém que considera que a única forma aceitável de ter segurança é dentro de um cargo publico. Quanto mais importante a coisa, mais fácil da coisa te colocar em crise e quanto menos você se vê capaz de viver sem a coisa, mais vulnerável à crise você está.

Tem crises que duram um dia, outras um mês, outras um ano, mas tem pessoas que vivem em crise a vida toda . Vivem em estado de alerta e normalmente isso acontece quando ela viveu alguma situação que realmente foi muito traumática e mesmo tendo acontecido há muito tempo ela ainda revive, em sua mente, aquele fato horrível. Pode ser o caso de alguém que sofreu abuso sexual ou um médico que teve um paciente que faleceu enquanto estava sob seus cuidados. Normalmente, o que mantém essas crises por tanto tempo assim é a culpa, aquela bendita sensação de que a pessoa deveria ter feito mais e, mesmo que tenha feito de tudo, ainda bate a sensação de que não foi o suficiente.

Essas crises que estou falando agora se referem mais ao que em psicologia chamamos de TSTP ou estresse de incidente critico, o estresse por algo muito forte que tenha acontecido na vida da pessoa.

Mas muitas vezes a pessoa não identifica nada de muito especial, de muito dramático na vida dela. Eu já ouvi muitas vezes as pessoas me dizerem assim: “eu sei que minha vida está em ordem, tenho emprego, família, amigos, mas sinto um desespero dentro de mim que me parece até injusto eu reclamar da vida, algo dentro de mim não funciona bem”. Isso é mais comum do que você imagina. É uma crise sem causa aparente. É claro que a causa existe, mas muitas vezes está guardadinha num cantinho bem escuro da sua mente que você ainda não teve acesso. Mas com uma boa terapia a gente acha esse gatilho e o desarma.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Como escrever uma redação nota 10 no Enem

SAIBA COMO FAZER UMA BOA REDAÇÃO NO ENEM



A temática mais voltada para o social e a aplicação dos cinco conceitos explorados na prova objetiva são os principais pontos que a diferencia das demais. O texto deve ser estruturado na forma de prosa do tipo dissertativo-argumentativo, uma preocupação com a reflexão.
"O Enem quer formar cidadãos, pessoas com uma visão global do que acontece ao seu redor e capazes de opinar sobre isso", explica Osmar Junqueira Lima,professor de português e literatura do Instituto Henfil, ONG paulista que oferece cursos de preparação para a prova.
Apesar de ter uma estrutura semelhante às redações dos vestibulares comuns, o texto a ser redigido na prova do Enem exige do aluno um raciocínio mais homogêneo e completo. Para Lima, a palavra que define a redação é "interdisciplinaridade". Ou seja, "o aluno deve saber enxergar os acontecimentos como um todo, não em quadros isolados".
Em termos práticos, um tema será apresentado, e o candidato deverá desenvolver suas idéias sobre este assunto de forma coerente e organizada. "Isso significa levantar uma tese nas primeiras linhas, desenvolvê-la e defendê-la nos parágrafos seguintes", diz a professora de português do Cursinho da Poli, Cássia Diniz Moraes.
Isso fica claro nas competências de avaliação da prova objetiva, cobradas de uma forma um pouco diferente na questão da redação.

A competência I

Referente ao domínio da linguagem, aplicada à redação, significa fazer uso da norma culta da língua portuguesa. Serão examinados aspectos como a concordância verbal e nominal, pontuação, ortografia e acentuação. Cássia confirma a importância deste aspecto na prova. "Não adianta o aluno ter uma boa proposta para o tema, se não domina o conteúdo gramatical".

A competência II 

Consiste em saber construir e aplicar conceitos e compreender fenômenos. Na redação, isso significa compreender a proposta e aplicar os conceitos conhecidos para desenvolver este assunto. Feito isso, o candidato deve saber selecionar e hierarquizar o seu conhecimento para responder a questão apresentada pelo tema, exigência que caracteriza a competência III. "A prioridade no Enem é saber inter-relacionar os conteúdos", explica Cássia.
A temática, talvez o aspecto mais peculiar do Enem, geralmente propõe abordagens sociais, como violência, política e educação. Segundo Cássia, temas mais polêmicos implicam em um bom conhecimento do assunto.
É aí que entra a competência IV. Ela exige do candidato saber construir um argumento consistente, ou seja, por meio dos conceitos selecionados e hierarquizados, defender um ponto de vista. Fazer isso, afirma Lima, obriga o aluno a saber o que está falando.
Ao desenvolver a questão apresentada, o candidato deve incluí-las em um contexto de diversidade cultural e respeito aos valores humanos e apresentar propostas de intervenção solidária na realidade, que é a competência V. Isso significa pensar em cidadania.
E ser cidadão é refletir sobre os problemas que afetam a sociedade, desenvolver uma opinião e procurar soluções. Fazendo isso, o candidato alcança os cinco tópicos propostos pelo Enem e, segundo Lima, "dá um passo para participar da sociedade do futuro".

Como fazer uma boa Redacao








Uma boa redação é aquela que permite uma leitura prazerosa, natural, de fácil compreensão, e que o leitor se sinta impactado.  Para fazer bons textos é fundamental ter o hábito de leitura, e utilizar todas as regras da língua Portuguesa, e astécnicas  de redação a seu favor. 
Aprenda as principais:
 Organize seus argumentos sobre o tema proposto, e os escreva de forma compreensível. Organize os argumentos de forma crescente, ou seja, deixe o argumento mais forte para o final;
 Em dissertações em que é necessário defender algo, não fique "em cima do muro", coloque claramente sua posição, pois muitas vezes estão interessados em avaliar sua capacidade de opinar, refletir e argumentar;
 Escreva com clareza;
 Seja objetivo e fiel ao tema;
 Escolha sempre a ordem direta das frases;
 Evite períodos e parágrafos muito longos;
 Elimine expressões difíceis ou desnecessárias do texto;
 Não use termos chulos, gírias e regionalismos;
 Esteja sempre atualizado em tudo que acontece no mundo; 
Além dessas dicas é preciso saber principalmente as regras de acentuação, pontuação, ortografia e concordância. 
Estrutura da Redação 
Um texto é composto de três partes essenciais: introdução, desenvolvimento e conclusão. O correto é haver um elo entre as partes, como se formassem a costura do texto. Na introdução é onde o tema abordado é apresentado, não deve ser muito extensa, e aconselha-se que tenha apenas um parágrafo de quatro a seis linhas. O desenvolvimento é o “corpo” do texto, a parte mais importante dele. É onde se expõe o ponto de vista, e argumenta de uma forma lógica para que o leitor acompanhe seu raciocínio. Nesta parte do texto faz-se uso de, no mínimo, dois parágrafos. A conclusão é o fechamento. Mas é válido lembrar que a introdução, desenvolvimento e conclusão são ligados e dependentes entre si para que a coesão e coerência textual sejam mantidas e o texto faça sentido.
    Veja mais dicas para redigir um bom texto:
       Leia muito, a leitura enriquece o vocabulário, você olha visualmente as palavras e envia para a sua memória a forma correta de escrevê-las;

         Treine fazer redação com temas que poderão ser relacionados com a prova de concurso que irá fazer, ou  então faça com temas da atualidade, e notícias constantes nos meios de comunicação;

        Seja crítico de si mesmo, revise os textos de treino, retire os excessos, deixe seu texto “enxuto”
    .    Cronometre o tempo que é gasto nas suas redações de treino e tente sempre diminuir o tempo gasto na próxima;

       Não ultrapasse as margens , nem o limite de linhas estabelecidas na prova;
       Mantenha o mesmo padrão de letra do início ao fim do texto. Não inicie com letras legível e arredondada, por exemplo, e termine com ela ilegível e “apressada”, isso dará uma péssima impressão para o examinador da banca quando for ler;

        Não faça marcas, rabiscos, não suje e nem amasse sua redação; Tenha o máximo de asseio possível;

        Faça as redações de provas anteriores do concurso que você prestará;
        Fique focado no enunciado que a banca está pedindo, não redija um texto lindo, mas que está totalmente fora do tema. Nunca fuja do tema proposto;

       Use sinônimos, evite repetir as mesmas palavras;

        Tenha seus argumentos fundamentados. Seja coeso e coerente;
Algo comum no mundo dos concurseiros é o grande temor pela redação nas provas. Muitas vezes o candidato se prepara para a prova objetiva, e deixa a redação de lado, perdendo grandes chances de passar. A única maneira eficaz de aprender a fazer uma boa redação é treinando, faça redações sobre diversos temas, leia e releia quantas vezes precisar, e lembre-se: a prática pode levar à perfeição. 

terça-feira, 18 de outubro de 2011

WALDECK ALVES EM IRARÁ

Vencendo a Preocupação


Vou começar este assunto fazendo um teste com você, pare um pouquinho e prestem atenção nestas perguntas:

-Qual o maior risco que você já correu até hoje? Pense um pouco e lembre-se de tudo o que você já fez na vida, qual foi a coisa mais arriscada? Pode ser em relação ao trabalho, ou relacionamentos, decisões de compra, de mudanças, a gravidez, emprego etc.
Guarde na cabeça essa coisa que você lembrou.

 Agora pense:
-Que risco você se arrepende de não ter corrido? Qual foi aquela coisa que você quis muito, mas na ultima hora você nem tentou, você não arriscou, ficou apreensivo e não fez.

 Anotou os dois itens: o maior risco que correu, e o risco que não correu?
 Tenho quase certeza que você acaba de se lembrar:
Na primeira pergunta você se lembrou da sua maior alegria, quando eu te perguntei qual o maior risco que correu você deve ter se lembrado daquela faculdade que foi fazer, e não tinha dinheiro suficiente, mas com muito esforço você fez, ou qualquer outra decisão corajosa que tenha tomado.

 E na segunda pergunta tenho certeza que você lembrou da sua maior decepção, do seu maior arrependimento: Quando a gente lembra dos riscos que não correu você lembra daquele negocio que não fechou, daquela mudança que não fez, daquelas coisas que não falou, daquelas atitudes que não tomou por pura covardia, ou seja por pura preocupação.

Devemos ser mais corajosos, mas claro que ser corajoso não significa correr riscos vazios.
Risco vazio é pegar um carro e andar a 200 por hora na estrada. Não te leva a nada. O risco de beber uma garrafa de uísque só porque fez uma aposta com o amigo (se é que a gente pode chamar isso de amigo) é risco vazio, isso não é coragem que vale a pena, é risco que te afunda.

 Risco que te traz crescimento é quando você não se preocupa tanto com pensamentos de medo e se arrisca a deixar aquele cargo, aquele emprego que só te irrita pois você não agüenta mais aquela rotina ou aquele lugar onde você não aprende nada, onde só tem gente desanimada, mas no final das contas, é estável. Lá ninguém vai te mandar embora, tem estabilidade – ou seja – seu excesso de preocupação em ter estabilidade te paralisa. Então você não corre o risco, morre de medo, e fica lá mofando até chegar um dia, que vai olhar pra trás e ver que jogou sua vida no lixo.

Sair dessa situação estagnada, vencer o medo e o excesso de preocupação, é um risco que te faz crescer.
Porque é um risco? Não falamos que o tal do emprego é estável? Você ganha muito pouco, mas este muito pouco é garantido? Eu falo de emprego, mas você  entende que esse “emprego” do meu exemplo pode estar representando muitas outras situações. Você pode encaixar tudo quanto é preocupação nesse esquema, por exemplo no casamento: Sair de um casamento, mesmo que um casamento horrível é um risco, precisa de coragem. Você já conhece os defeitos da pessoa, já esta acostumado, e o medo de mudar toda sua rotina a dois?

Vencer o medo e as preocupações infundadas pode fazer vir a acontecer de tudo, inclusive coisas muito boas! Mas a pessoa que more de medo de correr riscos, que é uma preocupada crônica, fica paralisada, e o pior, até se culpando por não ter feito nada, paralisa e se culpa por estar paralisada.

 Eu falei de sair do casamento, mas entrar numa relação também é um risco, e isso preocupa. E tem muita gente com medo desse risco. Tem muita gente sozinha no mundo porque tem uma dificuldade imensa em se relacionar, tem dificuldade em começar um contato qualquer, nem que seja uma conversa de fila de banco, sabe aquela bate papo pra passar o tempo enquanto você está esperando sua vez, pois é, tem gente que simplesmente não consegue se soltar, se preocupa com o que vão pensar dela.
 Também tem aqueles que até são bons nessas conversas “sociais”, bater papinho de corredor tudo bem, mas firmar uma amizade mesmo, ou paquerar a pessoa desejada, já não sai. Ou seja, ter um relacionamento de interação verdadeira com outro ser humano já fica muito maispreocupante.

 Porque? Porque dá medo deixar o outro te conhecer, deixar o outro entrar em seu mundo, ele vai saber como você é, e se você for daqueles que estão com a auto estima lá em baixo, você está se achando um “lixo” de pessoa, e você não vai querer que ninguém veja essa “lixo”, você vai se preocupar e se esconder em você mesmo.  
 Resultado? Fica fechado pro mundo, não fala o que pensa, Tem medo de dizer “não”. Claro, falar “não” é um risco, você fica preocupado que o outro não vai gostar mais de você depois que você lhe deu esse “não” na cara dele? É difícil falar “não”, você sabe disso.

 Agora que você decidiu que chega de ficar adiando, chega de ficar quietinho num cantinhopreocupado, esperando as coisas melhorarem sozinhas, você que percebeu que está na hora de falar “Chega!” chega de deixar a vida passar, todo mundo está entrando em empregos legais, fazendo faculdade, começando namoros, entrando em clubes, e você aí estagnada. Então pense bem seriamente em se renovar.
 E quando a gente fala de preocupação com os riscos, a gente está falando de escolhas. Escolhas são sempre arriscadas, por isso são difíceis.

 A escolha tem três “amigas”: A Dona Incerteza, a Srª Ansiedade e a tal da Culpa.

 A Dona incerteza te diz que não tem como antecipar o resultado, o futuro só vai ser vivido quando você chegar lá, não dá pra saber “Agora” com certeza e sem precupação, o que vai acontecer amanhã.
A Srª Ansiedade tem medo do desconhecido. O desconhecido é uma grande interrogação.
E a tal da Culpa é a que olha pra trás e só vê a opção que você descartou, porque toda escolha implica em abrir mão de uma coisa pra ficar com a outra. Certo? E a tal da culpa não esquece, não se desliga da opção que foi deixada pra trás. Você reconhece a tal da culpa naquelas pessoas que até se divorciaram, mas não se desligam do ex, ou da ex, Esconde da ex que já está com outra pessoa. Sente culpa. Ou você encontra a tal da culpa na pessoa que muda de emprego, ou se está em processo de seleção e tinha duas empresas para escolher, e escolhe uma, mas vive com a cabeça no emprego que deixou pra trás.
 O que vai acontecer com essa pessoa cheia de culpa e preocupação? Não vai desenvolver um bom trabalho. Não desenvolve um bom trabalho não é porque não tem capacidade, é porque ficou com a cabeça em outro lugar, e assim a coisa não vai funcionar mesmo. E não é que essa pessoa acaba se convencendo que fez uma péssima escolha, e vai ficar mais insegura ainda nas próximas escolhas, e nem percebe que é ela que está pondo tudo a perder, a escolha poderia ter sido ótima, mas se ela tivesse foco no que está fazendo agora! Se continuar com a cabeça no que deixou pra trás, nenhuma escolha vai ser boa nunca, E não dá pra se fugir das escolhas, desde que você acorda de manhã você escolhe entre tirar a cabeça do travesseiro ou dormir mais um pouco mesmo que isso te faça perder a hora, é uma escolha!

 Quer um exemplo onde você vai ver o trio completo,  A Dona incerteza, a Sra Ansiedade e a tal da Culpa?:

Você tem uma oportunidade em mudar de estado, ou de cidade, ir pra outro lugar. Você fica inseguro e preocupado porque não pode prever como sua vida vai mudar por conta dessa mudança. Se sente ansioso porque tá encarando o desconhecido. E ainda culpado porque vai deixar outras pessoas pra trás quando mudar.

 Solução? Aprender a correr riscos. Aprender a superar os medos e ser menos preocupado, esse é o caminho pra você crescer.
 Você é quem você é, por conta dos medos que tem ou não tem, você encara ou você foge da vida, mas ela está aí, o tempo todo. São os riscos da sua vida que “desenham” sua personalidade.

 Tem preocupação que parece ser muito trivial, mas mesmo as que pareçam  “bobinhas” tem uma importância marcante. Como por exemplo, você tem um amigo que aprontou alguma com você, e você está muito irritado com ele. A preocupação está em confrontar esse amigo, dizer pra ele o que você está pensando, sentindo, Isso é um risco. E a sua decisão de correr ou não esse risco é fundamental pra moldar sua personalidade, é a sua atitude que vai dizer quem você é.

 Quer ver outro risco que pouca gente pensa nesse assunto em termos de preocupação? O risco de assumir o compromisso de se manter leal, fiel, a uma pessoa. Muita gente sabe que romper esse compromisso é muito fácil, tem tentação pra todo lado. É um risco porque é uma decisão, uma decisão importante. Pense bem nisso! Ou o risco em se manter no trabalho social que você assumiu, dá trabalho, cansa, mas é um trabalho super importante pra muita gente. É um risco de compromisso.

Você é uma pessoa que enfrenta seus medos e preocupações? Será? Vou fazer 5 perguntas, vá respondendo e contando nos seus dedos quantos “sim” você responde:

1ª: Você fica discutindo com você mesmo quando tem que tomar uma decisão? E às vezes não toma decisão nenhuma?
2ª: Você aceita um serviço de má qualidade só pra não ter que falar com o gerente?
 3ª Sente dificuldade em se comprometer emocionalmente com as pessoas? Se envolver e ter um relacionamento verdadeiro?
 4ª Você é do tipo que dá tudo quanto é desculpa e nunca vai atrás de uma coisa melhor, como um emprego melhor? Ou pra fazer um curso, aprender alguma coisa nova? Ou suas desculpas são pra não encarar aquela oportunidade que você sabe que vai ser boa?
 5ª e ultima pergunta: Você em medo de ser reprovado pelos outros? Vive pensando “o que vão pensar de mim”? Ou pensa que todo mundo vai te achar ridículo? Sofre com o que podem comentar a seu respeito?

Quantos dedos você marcou? Um, dois, Cinco!
Pra quem está curioso, a resposta do seu teste é, mesmo que você  só tenha marcado um Sim, já significa que você prefere o conforto da vida sem risco, você provavelmente se retrai diante de preocupações significativas. Você tem sua vida limitada pelos seus medos.

Agora que você decidiu que chega de ficar adiando, chega de ficar quietinho num cantinho esperando as coisas melhorarem sozinhas, você que percebeu que está na hora se falar “Chega! de deixar a vida passar, está todo mundo entrando em empregos legais, fazendo faculdade, começando namoros, entrando em clubes, e você aí marcando passo. Então pense bem seriamente em aproveitar o começo do ano e se renovar.

 7 pontos importantes sobre os medos e preocupações:
       1-Superar medos envolvem escolhas. Um alcoólatra que percebe que sua vida está sendo                                         destruída pelo vicio, tem uma escolha difícil pra fazer, iniciar o tratamento.
2-    Superar medos exige investimento, você pode ter de investir tempo, dinheiro, energia, Se você assumiu o risco de fazer outra faculdade, ou curso, vai ter de investir os três, tempo, energia e dinheiro.
3-    Enfrentar medo envolve a possibilidade de fracassar. Sim, quem foi que disse que como o risco te faz crescer  tem garantia de tudo dar certo, Mas essa é uma grande lição, aprender a lidar com essa verdade da vida, Nada é garantido.
4-    Superar medo envolve que a pessoa coloque-se em perigo. Pode ser perigo financeiro, físico, emocional. Mas a boa noticia é que a pessoa que correu o risco é a única responsável pelo sucesso dos seus esforços. A vitória é dela, e ninguém tira.
5-    Superar medo vem sempre acompanhado com a sensação de estar se expandindo. Claro que é muito mais confortável não se arriscar, não mudar nada na vida. O alcoólatra que corre o risco de abandonar um estilo de vida, quando decide deixar a bebida, sabe disso. Ele vai ter que deixar os “amigos de copo” pra trás quando decidir permanecer sóbrio. É uma mudança, é uma expansão, percebem?
6-    Superar medos tem recompensas psicológicas importantes. Você vai sentir orgulho, orgulho de você mesmo, vai se sentir realizado. Quem se arrisca descobre um novo poder em si mesmo, descobre que tinha uma força lá dentro deles que nunca deram chance pra que ela se manifestasse, descobre um potencial que se nunca tivesse se arriscado, iria para o caixão com você, Mas como você se arriscou você se viu de uma forma mais ampla, mais poderosa. Muita gente tem um sentimento muito próximo do renascimento quando percebe que pode arriscar, e que muita coisa maravilhosa pode acontecer  quando se arrisca, Quem vence uma dependência, um vicio, como o alcoólatra, por exemplo ganha um sentimento igual ao de um recomeço de vida, é  como recuperar sua própria existência.
7-    E por fim, o ultimo ponto em relação a superar medos, é que você ganha à sensação de novidade, movimento, mudança. E isso não é maravilhoso? Quem decide assumir mesmo um risco que pareça bobo, como o rapaz que vai pela primeira vez convidar a moça pra sair com ele, ele sente uma sensação boa, de perigo, de novidade, empolgação.

Essas sensações boas, e o crescimento pessoal pode vir de vários tipos de riscos epreocupações que você pode estar adiando há muito tempo, medos que estão te paralisando como, por exemplo levar uma peça sua pra ser vendido numa loja especializada, ou fazer seu currículo e encarar entrevistas de emprego, ou participar da festa de fim de ano da empresa, e quem sabe até fazer um discurso, falar pras pessoas o quanto elas são importantes pra você, muitas vezes você passa a vida toda admirando muito alguém, e essa pessoa morre sem saber que você gostava dela, porque você não corria o risco de se abrir, você tinha medo de se expor, ou o risco de escrever a poesia, o livro de contos que você sempre sonhou.

 Outro exemplo bem legal: pode ser que você esteja de olho há muito tempo  naquele emprego legal, super interessante, onde você vai lidar exatamente com o tipo de coisa que você adora, mas paga menos do que você ganha hoje, então você não se arrisca, se preocupa.

 O medo de simplesmente admitir que não entende alguma coisa, admitir que realmente seu serviço não está bom porque você não conhece ainda toda a técnica necessária, aí você morre de medo de se abrir, se preocupa com o que vão pensar de você, precisa ficar aqui com essa máscara de todo poderoso, e vai enganando todo mundo enquanto der. Você vai mesmo,  vai morrendo por dentro, isso sim.

 Quer aprender superar medos e preocupações de uma forma saudável, sem ter que fazer loucuras, Aprender a assumir riscos não é viver uma vida louca, não precisa ser um sofrimento, você pode aprender a fazer as coisas passo a passo.

 Você é do tipo que acha que não pode sair do emprego porque nunca mais vai conseguir outro? Acha que é melhor passar o resto da vida nessa relação doentia porque “antes mal acompanhado do que só”? Gostaria de falar o que pensa para as pessoa, mas não quer se complicar, e aí fica calado?
 Pense bem se é isso mesmo que você quer? Ou se é só isso que você consegue? Mas se só consegue isso, saiba que é por enquanto, enquanto você não se desenvolve a dá uma guinada na sua vida.