sábado, 1 de outubro de 2011

Ter certos rituais antes de fazer as coisas pode reduzir a ansiedade e aumentar suas chances de se dar bem




A pesquisa, feita em conjunto com Universidade de Washington e o Laboratório de Pesquisa da Força Aérea dos EUA, tinha o objetivo de investigar comportamentos ritualísticos em humanos e animais. Para isso, os pesquisadores estudaram vídeos de pessoas fazendo tarefas comuns, como se vestir, fechar a porta ou fazer café. Todas essas atividades foram divididas em três categorias usadas para abranger praticamente todos os comportamentos humanos: preparatória (é o que antecede a ação, como quando abrimos os botões da camisa antes de vesti-la, por exemplo), funcional (que é quando você coloca a camisa de fato) e de confirmação (quando você se olha no espelho para checar se vestiu certo e se está tudo no lugar). Para os pesquisadores, quase todas as atividades humanos e animais podem ser encaixadas em uma dessas três categorias e analisar as atitudes de preparação e confirmação (que são únicas para cada pessoa, como uma impressão digital), pode ser útil na determinação de quais atitudes são patológicas e quais não são.
Segundo Eilam, pessoas com comportamento compulsivo sofrem de uma sensação de incompletude – elas não têm certeza se sua tarefa foi concluída mesmo ou não, e têm a necessidade de verificar a ação incontáveis vezes. Ao contrário de um chute ao gol, em que é fácil discernir o fim da ação, um ato comum entre aqueles que têm TOC, como lavar as mãos, não tem um final tão claro. Não há nada indicando objetivamente que sua mão está de fato limpa – por isso, estendem a fase da confirmação e continuam lavando a mão por muitos minutos seguidos. Mas, para os pesquisadores, isso só piora a situação. Em vez de dar a sensação de controle, atitudes assim deixam um sentimento de insegurança e descontrole da vida. Essa é a principal diferença entre o ritual normal e o patológico.

Ana Carolina Prado

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